MULHER E CONSUMO
By Alexandre Guedes
“O que há hoje não é um choque de civilizações, mas sim um confronto de ignorâncias” Ibrahin Al Said
Neste dia intencional da mulher, vou me aventurar a tratar de um assunto que penso conhecer bem: Mulher. Sou filho, fui casado e sou pai de uma mulher e fui criado com três irmãs, sendo eu o primogênito, por elas fui chamado de “bendito fruto entre as mulheres”; isto sem falar da convivência com amigas, namoradas, colegas, e companheiras.
É interessante notar como a mulher está historicamente colocada para ser uma consumidora voraz, para não dizer consumista.
Era ela que ficava desde tempos imemoriais nas cavernas administrando a produção dos bens produzidos por elas e pelos homens na pratica da caça e pesca.
É notável o interesse econômico das guerras, que visam principalmente tanto ontem quanto hoje, a conquista territorial, a subjugação do vencido, e o saque das riquezas produzidas pelo trabalho e o roubo das matérias primas fundamentais para movimentar a irracional maquina consumista contemporânea e introduzir as quinquilharias da “moda” – entendendo esta como uma industria altamente rentável e descartável que visa descarregar os encalhes de estoques dos grandes conglomerados industriais voltados para esse setor da economia.
Veja-se o exemplo das guerras do Afeganistão e Iraque . A população local feminina não usava centenas de produtos e após a “invasão” dos países da “coalizão” ocidental, passaram a usar produtos da industria da moda, pois antes a única vestimenta era a Burka que as cobria da cabeça aos pés e portanto não havia necessidade de cabeleireiros, maquinas de chapinha, massagistas, banhos aromáticos, absolventes, maquiagem, e inumeráveis acessórios como roupas intimas (aromáticas), sapatos, meia elástica, bijuterias, xampus e perfumes, que movimentam milhões na economia mundial.
Eita! Ia esquecendo que as invasões intervencionistas pela guerra introduz também na cultura daqueles povos a publicidade usando a mulher como produto, e o aviltamento de sua dignidade de gênero na indústria do sexo e da pornografia etc., bebida, tabaco, armamentos…. outro quinhão milionário.
São as mulheres que movimentam o comercio no carnaval, dia das mães, pais, crianças, S. João, Natal, aniversários etc…
Do ponto de vista mercadológico, as empresas direcionam o seu marketing em primeiro lugar para elas e depois as crianças e os homens ( que elas em geral são determinantes nas escolhas das compras).
MUDANÇAS NECESSÁRIAS:
Porém na contra-mao deste desenfreado consumismo há que se louvar o progresso que a organização das mulheres conseguiram, pois foram elas que deram na década de oitenta o ponta-pé inicial para criação do atual Sistema de Proteção ao Consumidor, coma criação das Associação de Donas- de-Casa em Belo Horizonte e S. Paulo e daí aos PROCON’S.
Desafio: Conquistá-las para exercer sua notável influencia para a educação das novas gerações para um Consumo sustentável e consciente.
O que é isso?
Identificar nos fornecedores que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção , transformação , importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços e se eles garantem aos consumidores o atendimento das necessidades e o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção dos seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida bem como a transparência e harmonia das relações de consumo.
Exigir os seus direitos como:
– proteção a vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por praticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos,
– Educação e divulgação sobre consumo adequado dos produtos e serviços assegurado a liberdade de escolha e igualdade nas contratações.
– A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços , com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
– A proteção contra publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e clausulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
– A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou a sua a revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosa.
– A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.
– A adequada e eficaz prestação de serviços públicos em geral.
Avante mulheres (e homens)! a construção de um outro mundo é possível!!!!!!!!!!!!!!!!